terça-feira, 12 de junho de 2012

OS RISCOS DE UM MUNDO GLOBALIZADO

Estamos vivendo numa era em que cada vez mais as relações de espaço e tempo passam por alterações rápidas e constantes. Isso porque os limites territoriais e as barreiras estão sendo cada vez menos importantes. O que sem duvida nos transformara em cidadãos mundiais, num futuro bem próximo.

Embora isso pareça simples é na verdade uma formação de risco social bastante complexa, devido a quantidade de filosofias radicais que se difundem no universo humano. Ampliando as ações terroristas bem como aquelas menos incomensurável nas sociedades organizadas, como os crimes comuns.

Na Europa, por exemplo, com a instituição do mercado comum europeu, a liberdade de transito entre os diversos cidadãos dos países que o integram, é muito fácil perceber que a criminalidade tem aumentado de forma assustadora, como hoje e comum em Portugal, Espanha, França e até na Itália. Afinal, um cidadão acostumado a cometer crimes, portando sua credencial de identificação, pode transitar por todos os países do bloco cometendo seus crimes, sem muita dificuldade, porque não há interligação entre os serviços de informação policial destes países.

Outro grande problema que afeta a estrutura do bloco do euro e a ausência de uma política que reduza o poder soberano dessas nações, o que produz danos econômicos ao conjunto desses países cada vez que um soberano toma, por iniciativa própria e independente, decisões econômicas e administrativas que produza prejuízos ao bloco econômico. Vide os casos da Grécia, Itália e Espanha.

Os riscos da globalização são visíveis. Mas nunca serão motivo para frear essa realidade sem volta. Entretanto nos servem de alerta para evitarmos o pior em nossa geração.

O Brasil pode estar seguindo, sem perceber, os mesmos erros econômicos em algumas de suas decisões, apesar de não seguir a mesma plataforma de bloco do mercado comum europeu. O que não deixa de ser praticado por outras economias mais abastadas do mundo. A exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos da América do Norte e Europa, o pais tem investido na idéia da casa própria para todos, sem perceber os riscos que estão sendo formados pela especulação imobiliária. Tanto na América como na Europa essa mesma ação social produziu uma grande alta no mercado imobiliário, causando um verdadeiro desastre econômico.

A especulação imobiliária nesses países formou uma grande bolha que ao explodir arrastou consigo vários setores da economia como: bancos e seguradoras, promovendo consequentemente grande crise em seu mercado interno. No Brasil não se pode afirmar que esse risco não exista.

Nunca se especulou tanto no mercado imobiliário brasileiro, como hoje se faz. E como é um dos principais setores geradores de grande mobilidade na criação de empregos, a possibilidade de sua estagnação futura, sem dúvida, irá criar um grave problema econômico para o pais. E é por isso que torna-se necessário o governo brasileiro ter de forma antecipada a iniciativa de regular e promover, com devida cautela, mecanismos de proteção para evitar o risco de danos econômicos ao pais e para os seus cidadãos.


domingo, 1 de janeiro de 2012

O ANO NOVO

Todo início de ano é uma novidade que nasce da esperança renovada. É o reinício da própria essência da vida contínua daqueles que conseguiram permanecer vivos. Tem sido assim a pouco menos de dez mil anos de história da humanidade.

Nesses momentos de constante recomeço tudo o que de mais importante deveria se fazer, por questões lógicas e racionais seria fazer uma retrospectiva na vida e reestruturar o futuro, para evitar a repetição dos desastres e erros cometidos pela própria humanidade. Mas para a infelicidade da maioria das pessoas é apenas mais um motivo de festa e esquecimento do que se passou.

Os seres humanos evoluíram muito nos últimos dois mil anos, e disso não se tem dúvida. Entretanto, essa evolução não se configurou na mesma proporção quando analisamos dois importantes aspectos básicos: a evolução do caráter humano e a evolução da tecnologia aplicada ao cotidiano. Há uma grande disparidade entre esses dois aspectos, desde que o homem foi criado até os dias atuais.

Enquanto se registra um desenvolvimento tecnológico de elevada proporção, se historia uma acentuada timidez no desenvolvimento estrutural do caráter humano. Desde as épocas mais remotas até os tempos atuais, só se visualizam duas características preponderantes a natureza humana: o desvairado desejo pelo poder e a individualidade cada vez maior nas soluções que deveriam ser coletivas.

Curiosamente, a sabedoria não abandonou a consciência de poucos, que insistem e persistem, enquanto vivos, a induzir o pensamento humano em favor do aprimoramento coletivo e ao uso da consciência no exercício do poder. Fatores esses cujo caráter é cada vez menos frequente entre os viventes.

Há pouco mais de um ano, durante as eleições de 2010, preocupado com a manutenção do equilíbrio constitucional dos três poderes da República do Brasil, escrevi um artigo alertando os riscos que teríamos por conta desse desequilíbrio. Para minha surpresa, embora o Poder Executivo brasileiro tenha controle sobre os Poderes Judiciário e Legislativo, por absoluta consciência da pessoa da Presidente da República, este não usurpou do direito constitucional e exerceu com total liberalidade o exercício constitucional da democracia.

Como brasileiro livre de orientações partidárias, tenho me sentido honrado e respeitado de pleno direito, pelas novações administrativas e sociais que a Presidência da República vem praticando em minha pátria natal. Pela primeira vez, desde meu nascimento, vejo o Brasil agindo de forma séria, equilibrada e livre, no exercício democrático e consciente de um Poder constituído, apesar de todo o poder acumulado que as normativas constitucionais lhe permitiram consolidar, de forma democrática, nos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Diante desse panorama pode-se esperar que, com a continuidade dessa consciência e desse equilíbrio o Brasil terá, nos próximos três anos, surpreendente crescimento e amadurecimento político para enfrentar todas as crises mundiais que ainda virão pela frente.

Algumas pessoas menos tolerantes, ou mal intencionadas, poderiam afirmar que não haja toda essa perspectiva ora presente, entretanto, a boa vontade demonstrada pela Presidência da República do Brasil, denota que o país segue no rumo certo, pelo menos enquanto Dilma Rousseff o presidir.

Desejo a todos os brasileiros um Feliz 2012, com muita saúde, equilíbrio, segurança, paz e prosperidade nesse novo ano que iniciou.