Todo início de ano é uma novidade que nasce da
esperança renovada. É o reinício da própria essência da vida contínua daqueles
que conseguiram permanecer vivos. Tem sido assim a pouco menos de dez mil anos
de história da humanidade.
Nesses momentos de constante recomeço tudo o que de
mais importante deveria se fazer, por questões lógicas e racionais seria fazer
uma retrospectiva na vida e reestruturar o futuro, para evitar a repetição dos
desastres e erros cometidos pela própria humanidade. Mas para a infelicidade da
maioria das pessoas é apenas mais um motivo de festa e esquecimento do que se
passou.
Os seres humanos evoluíram muito nos últimos dois
mil anos, e disso não se tem dúvida. Entretanto, essa evolução não se
configurou na mesma proporção quando analisamos dois importantes aspectos
básicos: a evolução do caráter humano e a evolução da tecnologia aplicada ao
cotidiano. Há uma grande disparidade entre esses dois aspectos, desde que o
homem foi criado até os dias atuais.
Enquanto se registra um desenvolvimento tecnológico
de elevada proporção, se historia uma acentuada timidez no desenvolvimento
estrutural do caráter humano. Desde as épocas mais remotas até os tempos
atuais, só se visualizam duas características preponderantes a natureza humana:
o desvairado desejo pelo poder e a individualidade cada vez maior nas soluções
que deveriam ser coletivas.
Curiosamente, a sabedoria não abandonou a
consciência de poucos, que insistem e persistem, enquanto vivos, a induzir o
pensamento humano em favor do aprimoramento coletivo e ao uso da consciência no
exercício do poder. Fatores esses cujo caráter é cada vez menos frequente entre
os viventes.
Há pouco mais de um ano, durante as eleições de
2010, preocupado com a manutenção do equilíbrio constitucional dos três poderes
da República do Brasil, escrevi um artigo alertando os riscos que teríamos por
conta desse desequilíbrio. Para minha surpresa, embora o Poder Executivo
brasileiro tenha controle sobre os Poderes Judiciário e Legislativo, por
absoluta consciência da pessoa da Presidente da República, este não usurpou do
direito constitucional e exerceu com total liberalidade o exercício
constitucional da democracia.
Como brasileiro livre de orientações partidárias,
tenho me sentido honrado e respeitado de pleno direito, pelas novações
administrativas e sociais que a Presidência da República vem praticando em
minha pátria natal. Pela primeira vez, desde meu nascimento, vejo o Brasil
agindo de forma séria, equilibrada e livre, no exercício democrático e consciente
de um Poder constituído, apesar de todo o poder acumulado que as normativas
constitucionais lhe permitiram consolidar, de forma democrática, nos três
Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Diante desse panorama pode-se esperar que, com a
continuidade dessa consciência e desse equilíbrio o Brasil terá, nos próximos
três anos, surpreendente crescimento e amadurecimento político para enfrentar
todas as crises mundiais que ainda virão pela frente.
Algumas pessoas menos tolerantes, ou mal intencionadas,
poderiam afirmar que não haja toda essa perspectiva ora presente, entretanto, a
boa vontade demonstrada pela Presidência da República do Brasil, denota que o
país segue no rumo certo, pelo menos enquanto Dilma Rousseff o presidir.
Desejo a todos os brasileiros um Feliz 2012, com
muita saúde, equilíbrio, segurança, paz e prosperidade nesse novo ano que
iniciou.
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