Segundo o Banco Central, houve queda
de 60% no mês de setembro e na média de 2011, nos financiamentos às empresas
brasileiras. Isso porque a crise global faz com que os bancos reduzam seus
riscos para evitar perdas.
A agência Moody’s, a mesma que rebaixou
os Estados Unidos da América, ameaça rebaixar as notas de risco da França e da
Alemanha. Com isso o Banco Central Brasileiro, para controlar o risco, vigiará
todas as empresas tomadoras de empréstimos e financiamentos acima de R$1.000,00,
através de bancos, financeiras, empresas de leasing e cooperativas de crédito. Dessa
forma, o BC acompanhará o CPF das pessoas físicas e o CNPJ das empresas, número
de operações de crédito, valor de financiamento, número de prestações e se os
pagamentos estão em dia, faturamento e atrasos. Pela primeira vez no Brasil o
controle será extremamente ágil.
O governo brasileiro estuda a
possibilidade de usar recursos de reservas internacionais para financiar os
exportadores, evitando o empoçamento de liquidez, quando os bancos têm
dinheiro, mas não querem correr o risco de calote.
O diretor de fiscalização do BC,
Anthero Meirelles, diz que essas medidas permitirão que a instituição acompanhe
a evolução das operações de crédito no país e qual segmento da economia mais
cresce, por faixa de renda e faturamento, bem como por região geográfica. O
sistema de monitoramento também servirá para acompanhar o risco a que as
instituições bancárias e creditícias se expõem, assegurando a solidez do
sistema financeiro.
O novo sistema já permite ao BC
cruzar informações entre instituições bancárias evitando que o sistema de
custódia sofra o risco de um cliente mal intencionado apresentar a mesma
garantia em mais de uma operação, em instituições diferentes, tanto por pessoas
físicas quanto pelas jurídicas.
Meirelles informou que esse sistema
permite que as instituições financeiras conheçam melhor o perfil e o endividamento
de seus clientes no sistema financeiro nacional e possam oferecer melhores
taxas correndo menor risco junto aos tomadores de financiamentos.
Hoje, o Brasil é um lugar dos mais
seguros para o segmento financeiro mundial. As regras são firmes, há controles sobre
operações e facilidade de informação precisa. O sistema financeiro está
protegido de uma crise mundial e há, ao mesmo tempo, a liberdade econômica
necessária ao crescimento sólido e seguro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário