Nunca na história desse país se viu tantos escandalos sem apuração, tantas crises abafadas por recursos extraordinários da manipulação informativa, tantos desvios sem explicações e tanto óleo de peroba lustrando com um brilho incomparável a classe política.
Por um lado, um povo retratando algumas poucas melhoras na circulação da moeda por seu bolso. Por outro lado, um grupo político enriquecendo do nada e sem sequer explicar qualquer coisa que seja, por conta da argumentação de que todos os escandalos são questões eleitoreiras.
Mas o que fazer diante de tudo isso? Em quem acreditar? Pergunta o povo mais simples dessa nação, onde o caos da saúde, o engodo na educação e o corporativismo no poder público chegaram aos limites da loucura.
Os desmandos são tantos que hoje quem deveria servir, por ser originalmente o executor do serviço ao público, se investe de um artigo do código penal que inverte a postura da ordem pública tornando-o vítima da agressão do povo que custeia seus confortáveis salários e aposentadorias, sem esquecer das garantias promovidas pela estabilidade estatutária, muito distantes dos direitos de qualquer cidadão comum que contribui para a manutenção dessa estrutura através de impostos e taxas, ao invés de bem servir ao usuário que lhe garante o sustento.
O que fazer diante dessa problemática é difícil responder. Entretanto, cabe ao menos o direito e o dever de propor a esse mesmo povo que custeia tamanha asneira, que analise bem a quem depositará seu voto diante das urnas à cada eleição. E a proposta não é dirigida unicamente aos patrões de toda essa torpe loucura, mas também aos que dela se beneficiam. Afinal, também são contribuintes e haverá um momento em que os mesmos que hoje tomam para si os benefícios do poder irão pagar, duramente, para os novos, que os substituirão, quando seu tempo passar e a sua força se diluir na aposentadoria compulsória, quando sua segurança já não lhe for mais fornecida pelo governo.
Aos que acreditam serem seres eternos em seus postos de poder, cabe lembrar que queiram ou não ficarão velhos e sem força. Alguns desses dependerão de todos a sua volta, terão então, um precioso tempo para despertar a consciência por não serem mais capazes de realizar absolutamente nada. Afinal, o poder é algo transitório e de curta duração nessa vida.
Bom seria que a escola à todos educasse, desde criança, no conhecimento de suas responsabilidades cívicas, ensinando código de conduta, direitos e responsabilidades sociais e familiares. Se assim fosse, de certo que evitariam muitos problemas sociais e estruturais no Brasil e o povo teria uma qualidade de vida muito superior sob todos os aspectos. Entretanto, isso só será possível quando o povo que contribui para toda essa desordem, votar consciente de que assinou um cheque em branco à quem se investirá do poder, para se valer desse mesmo poder à ele atribuido, a fim de tratar de seus próprios interesses ao invés de produzir benefícios à quem contribui para a manutenção do país, que são os contribuintes que pagam os impostos e as taxas em tudo que fazem ou compram.
Quem se lembra do poder que tiveram os grandes nomes do passado? Em sua maioria conquistado pela força ou através de articulações políticas, enquanto outros poucos por herança genética ou política. Entretanto, por maior que tenha sido o poder exercido por eles, o que podem esses ex-poderosos fazer nos dias de hoje, se estão mortos e sepultados?
O que se pode lembrar dos feitos desses homens são os estragos deixados, os exageiros cometidos, ou as benfeitorias realizadas por eles. As marcas gravadas na história deixaram registros de catastrofes e destruição, mas poucos foram os grandes homens que concluíram boas realizações que construíram benefícios para a humanidade.
Marcar o nome na história do mundo trazendo-lhe bons resultados não é para qualquer homem. Poucos foram os que conseguiram produzir boas realizações nesse curto período transitório em que estiveram no poder. Os verdadeiros resultados aparecem com o tempo, a história não oculta ou mascara por muito tempo os bons e os maus feitos. Principalmente hoje, por se tratar de um mundo onde a informação vem em tempo real a cada segundo, mesmo quando eles se imbuem do poder de manipular dados e informações. E é por essa razão que você precisa estar atento em todos os momentos da vida antes de decidir o poder que irá constituir.
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