sábado, 4 de dezembro de 2010

LULA RECONHECE SOBERANIA PALESTINA.


Embora lógica a necessidade de reconhecimento da soberania do Estado palestino é necessário compreender que, a história da Palestina vem, por muitos anos, registrando uma expressa forma de conduta agressiva e tirânica de terrorismo contra o povo israelita, muito antes de sua ocupação pelo exército de Israel na guerra dos seis dias.

Cabe lembrar que Israel só ocupou o território palestino da Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém oriental, quando foi ameaçado de invasão pela Palestina em 1967, na guerra dos seis dias. Israel se defendeu evitando mais uma das muitas invasões que sofreu ao longo de sua história e que transformou o povo judeu numa nação sem pátria por vários anos.

Desde então, esforços de vários governantes têm sido foco de sucessivas tentativas para conter a forma arbitrária dessa luta política e religiosa histórica. A maioria dos governos reconhece o Estado da Palestina, mas acreditam que a soberania territorial deve ser conquistada através de uma negociação de paz com Israel.

Israel, apesar de sua postura hoje dominante e de seu aflitivo histórico de ser alvo de muitas nações tiranas, vem tentando negociar a paz há muitos anos, abrindo mão de territórios que historicamente haviam sido seus. Mas a intransigência e a ausência de diálogo, consciência e equilíbrio de seus opositores deteve todos os progressos desse processo por vários anos, por causa da intolerância.

Recentemente o governo Lula trocou afagos com o governo iraniano de Mahmoud Ahmadinejad. Parece acreditar que para estabelecer sua voz no mundo é preciso aliar-se a governos terroristas e a ditadores, sem perceber que essa pode estar sendo uma escolha errada para fazer parte da história.

O Brasil decide seguir na contramão da história e toma a atitude isolada e imprudente de enviar uma carta diplomática ao governo palestino reconhecendo sua soberania territorial, sem sequer analisar as conseqüências do gesto intempestivo e duvidoso, que só irá prejudicar ainda mais a paz e a segurança no Oriente Médio.

A mais trágica conseqüência desse ato presidencial é que, países que trabalham a hipótese do terrorismo como forma de pressão para que suas posições sejam aceitas, sintam que essa seja a forma correta de agir.

O governo brasileiro pensou numa retratação urgente aos milhares de membros da comunidade judaica no Brasil que apoiaram a continuidade do modelo de fazer política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.  

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