Embora lógica a necessidade de reconhecimento da soberania
do Estado palestino é necessário compreender que, a história da Palestina vem,
por muitos anos, registrando uma expressa forma de conduta agressiva e tirânica
de terrorismo contra o povo israelita, muito antes de sua ocupação pelo
exército de Israel na guerra dos seis dias.
Cabe lembrar que Israel só ocupou o território palestino
da Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém oriental, quando foi ameaçado de
invasão pela Palestina em 1967, na guerra dos seis dias.
Israel se defendeu evitando mais uma das muitas invasões que sofreu ao longo de
sua história e que transformou o povo judeu numa nação sem pátria por vários
anos.
Desde então, esforços de vários governantes têm sido foco
de sucessivas tentativas para conter a forma arbitrária dessa luta política e
religiosa histórica. A maioria dos governos reconhece o Estado da Palestina,
mas acreditam que a soberania territorial deve ser conquistada através de uma
negociação de paz com Israel.
Israel, apesar de sua postura
hoje dominante e de seu aflitivo histórico de ser alvo de muitas nações
tiranas, vem tentando negociar a paz há muitos anos, abrindo mão de territórios
que historicamente haviam sido seus. Mas a intransigência e a ausência de
diálogo, consciência e equilíbrio de seus opositores deteve todos os progressos
desse processo por vários anos, por causa da intolerância.
Recentemente o governo Lula
trocou afagos com o governo iraniano de Mahmoud Ahmadinejad. Parece acreditar
que para estabelecer sua voz no mundo é preciso aliar-se a governos terroristas
e a ditadores, sem perceber que essa pode estar sendo uma escolha errada para
fazer parte da história.
O Brasil decide seguir na
contramão da história e toma a atitude isolada e imprudente de enviar uma carta
diplomática ao governo palestino reconhecendo sua soberania territorial, sem
sequer analisar as conseqüências do gesto intempestivo e duvidoso, que só irá
prejudicar ainda mais a paz e a segurança no Oriente Médio.
A mais trágica conseqüência desse
ato presidencial é que, países que trabalham a hipótese do terrorismo como
forma de pressão para que suas posições sejam aceitas, sintam que essa seja a
forma correta de agir.
O governo brasileiro pensou numa
retratação urgente aos milhares de membros da comunidade judaica no Brasil que
apoiaram a continuidade do modelo de fazer política do governo de Luiz Inácio
Lula da Silva.
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