Quem
me conhece sabe bem que sou extremamente crítico aos políticos sem externar
publicamente minha opinião. No entanto, tenho como característica reconhecer
qualidades e admirar a capacidade de políticos que exercem o que é correto em
favor da constitucionalidade e de suas obrigações previstas na Carta Magna
brasileira. Isso por nunca esquecer do alto custo, cerca de 48% de tudo o que
produz, que todo brasileiro recolhe por um serviço de péssima qualidade.
Trabalhei
grande parte da minha vida útil para ajudar a eleger alguns políticos, homens
que ao chegarem ao poder alteraram seu discurso e se transformaram em
verdadeiros algozes do povo que o elegeram.
Na
última eleição à Prefeitura do Rio de Janeiro, no ano de 2008, comecei o
primeiro turno apoiando a candidatura do então candidato, Senador Marcelo
Crivella. Mas terminei o primeiro pleito apoiando Fernando Gabeira. No início
do segundo turno permaneci com Gabeira, entretanto, na primeira semana que
sucedeu ao início de sua campanha passei a apoiar o candidato Eduardo Paes, que
gentilmente ao se eleger me convidou a participar de seu governo através do
gabinete de seu vice-prefeito. Em virtude de não ter nenhum relacionamento
direto com o Sr. Muniz, não sendo a forma que eu pretendia contribuir com seu
governo recusei o convite.
Desde
então, venho acompanhando a distância as ações do Prefeito em seu
governo, analisando cada passo e investimento que vem sendo empreendido
na cidade do Rio de Janeiro. Não apenas como analista e crítico político, mas
também como carioca que sou e amante de minha terra natal.
Passados
dois anos da administração de Eduardo Paes na Prefeitura se têm subsídios para
analisar e perceber o talento com que seu trabalho toma forma e apresenta objetivos
estratégicos bem elaborados.
Sem
deixar de lado o meu senso crítico, o que me é natural, essa é a primeira vez
que um prefeito remodela a cidade em trabalhos noturnos. Embora aparentemente
envolva custos pouco mais elevados que o normal, a estratégia reduz os
transtornos ao transito e a população nos horários de pico, acelerando a obra
sem aborrecimentos, prática que é usada nos principais países do primeiro
mundo.
Ao
contrário dos demais prefeitos, exceto Marcello Alencar que iniciou sua reforma
urbana pela Zona Oeste da cidade, Eduardo Paes vem recuperando a cidade pelas
Zonas Oeste, Norte e Central, devendo finalizar sua reforma estrutural até 2012
na Zona Sul da cidade. Aliás, muito me surpreendeu que em momento algum essas
reformas estruturais tenham sido usadas politicamente nas eleições de 2010.
Cabe,
porém, registrar três pequenas críticas. A primeira, é que o sistema de saúde
da cidade precisa ser remodelado através da contratação de profissionais de
saúde, ampliando as modalidades das especialidades médicas, reformas e
manutenção tanto estrutural quanto em estoque de material médico, para melhor
atender a população. A segunda, são as melhorias estruturais e curriculares
necessárias à educação, que hoje se resume apenas ao ensino básico estipulado
pelo MEC. E a última crítica que considero de suma importância, é a urgente
necessidade de treinamento de qualidade a todo o funcionalismo público
municipal, ligando todos os setores sob todos aspectos.
Pela
primeira vez nos últimos 16 anos vejo a minha cidade sendo recuperada de forma
ordenada e planejada, sem causar tantos transtornos a população, polêmicas na
imprensa e produzir obras faraônicas que, apesar de respeitar a importância de
algumas delas, tenham por princípio final imortalizar o nome se seus autores,
em sua maioria.
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