Estamos vivendo numa era em que cada vez mais as relações de espaço e tempo passam por alterações rápidas e constantes. Isso porque os limites territoriais e as barreiras estão sendo cada vez menos importantes. O que sem duvida nos transformara em cidadãos mundiais, num futuro bem próximo.
Embora isso pareça simples é na verdade uma formação de risco social bastante complexa, devido a quantidade de filosofias radicais que se difundem no universo humano. Ampliando as ações terroristas bem como aquelas menos incomensurável nas sociedades organizadas, como os crimes comuns.
Na Europa, por exemplo, com a instituição do mercado comum europeu, a liberdade de transito entre os diversos cidadãos dos países que o integram, é muito fácil perceber que a criminalidade tem aumentado de forma assustadora, como hoje e comum em Portugal, Espanha, França e até na Itália. Afinal, um cidadão acostumado a cometer crimes, portando sua credencial de identificação, pode transitar por todos os países do bloco cometendo seus crimes, sem muita dificuldade, porque não há interligação entre os serviços de informação policial destes países.
Outro grande problema que afeta a estrutura do bloco do euro e a ausência de uma política que reduza o poder soberano dessas nações, o que produz danos econômicos ao conjunto desses países cada vez que um soberano toma, por iniciativa própria e independente, decisões econômicas e administrativas que produza prejuízos ao bloco econômico. Vide os casos da Grécia, Itália e Espanha.
Os riscos da globalização são visíveis. Mas nunca serão motivo para frear essa realidade sem volta. Entretanto nos servem de alerta para evitarmos o pior em nossa geração.
O Brasil pode estar seguindo, sem perceber, os mesmos erros econômicos em algumas de suas decisões, apesar de não seguir a mesma plataforma de bloco do mercado comum europeu. O que não deixa de ser praticado por outras economias mais abastadas do mundo. A exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos da América do Norte e Europa, o pais tem investido na idéia da casa própria para todos, sem perceber os riscos que estão sendo formados pela especulação imobiliária. Tanto na América como na Europa essa mesma ação social produziu uma grande alta no mercado imobiliário, causando um verdadeiro desastre econômico.
A especulação imobiliária nesses países formou uma grande bolha que ao explodir arrastou consigo vários setores da economia como: bancos e seguradoras, promovendo consequentemente grande crise em seu mercado interno. No Brasil não se pode afirmar que esse risco não exista.
Nunca se especulou tanto no mercado imobiliário brasileiro, como hoje se faz. E como é um dos principais setores geradores de grande mobilidade na criação de empregos, a possibilidade de sua estagnação futura, sem dúvida, irá criar um grave problema econômico para o pais. E é por isso que torna-se necessário o governo brasileiro ter de forma antecipada a iniciativa de regular e promover, com devida cautela, mecanismos de proteção para evitar o risco de danos econômicos ao pais e para os seus cidadãos.